sábado, 3 de dezembro de 2022

Falta-me algumas luzes laranjas

Eu sei caro desordeiro, faltou-me coragem para reaparecer em anos que cujo nada me faltaram. 30 anos no futuro, não fazem muita diferença para algumas pessoas. Rapei o cabelo, deixei a barba com tempo crescer, me afundei neste deserto de céu vermelho e fiquei lunático-Hum.- Que se dane que estão me perseguindo, quero que se foda.
Tive tempo demais para me acostumar a ficar solitário, só pûs em prática. Olhando para o teto, ficando gordo e com olheiras mais fundas, bem, seriam 30 anos, mas são anos demais isolados:
-Senhor? 
-Quem merdas é você?
-Sou um simples mensageiro, e vim te tirar deste inferno.
-Ha! Como se não já estivesse condenado a isto, não precisa me tirar.
-Mas eu não estou pedindo, estou te ordenhando.
-Quem diabos você pensa que é para falar assim comigo? Tira estes casticois, gorro e óculos em pleno deserto; e se revele.
-Não é assim que vejo pessoas reagindo ao ver o seu...
Ao tirar tudo, não havia entendido, mas só depois percebi:
-... O seu criador.
-Puta merda.
-E você vem comigo, velho amigo.
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domingo, 6 de novembro de 2022

Carta a 'Haine' | Por Laesa Piper

Aviso
Este texto é de cunho autoral, duma época onde pouco se sabe quanto a moça escritora do texto, brasileira, mas que teve grande influência em seus anos de vida, principalmente como secretária agrônoma na Argentina e como escritora. Este texto foi encontrado a partir de registros feitos em suas redes sociais que foram excluídas e auxilios da rede de procura "+search" que busca encontrar mídias perdidas mundiais. Desejo uma ótima leitura aos que se atentaram até aqui.
-Josperd
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Haine' querida quem não me faz falta, de milagre pisicotico que proponho a voz que me faço. Diante Deus - atenho de minha boca - uma confissão. Pois de A para B se fez uma geração, queira retor-me-nar Machado em ponte de cultura, Pulp fiction literatura e desenhos animados 'tonte' minhas esperanças. Creio ter de que Haine há em meu coração, o que jamais vera em meus difuntos.
Confissão
Mataram-na, dêem minha declaração de óbito, quente, ente faz frente e o blá blá das vítimas que as assistem, ao vedor do norte televisor. Que aplaudem? - ridículo! - gênio, nunca verá tal obra de arte? Dizem creio que asneira. Ora, vejamos. Numa vez li que, um alienista que se fez de doido, ao enjaular todos, vejo em texto algo genial, mas de tão vago fez este termo, que simples garotos correndo num mundo cibernético, hoje, se torna prima. Haine, Haine e Heine... Não espera, droga, errei. Acabou o corretivo, vai ficar assim mesmo. Para de me fazer assim, Haine! Sei de mal; sei de queda; sei de até de burrice; e olha que vim duma geração qual tal, em que se declara espacial numa marte decadente, perto de um novo mundo, pior que este tipo de gente, só a brisa do bronzeado do arrombado que fizera um novo carro elétrico.
Seita? Não me canso, só me explode. Não são gases, é estresse. Solticios destes são solteiros, em que apaziguar a morte em obras tão nulas.
Obras!?
Opa, não te falei? Estou falando dos novos, que quase nada saem e que dos infernos da indústria, quanto mais pós política os agarraram, fazem o que chamo da "Indústria Massiva De Bosta" sua nota, "as notas", e não só isto, pois acho uma...
Diálogo
-Senhor, está pronto.
-Ha, finalmente vamos fortunar um bom dinheiro.
-Sei que parece estúpido, mas o senhor viu que o pessoal, está meio raivoso quanto suas horas de trabalho?
-Tá Haine, que faz disso tão de especial?
-Bem, o senhor bem que poderia os conceder um dia de folga.
-Tá de sacanagem? Tenho muita coisa para fazer.
-Eu sei senhor, mas o pessoal...
-Chega do pessoal, Haine! - bateu a mão forte em sua frente contra mesa, correto Haine? Veja o que o miserável de tão grande importância fez por isto. - sei que você é boa Haine, mas já temos outro produto para fazer. Eu darei uns royaltys a eles se for preciso.
-Que nem da última vez que o senhor não os entregou?- envolto denovo das pressas e das vadiagens do chefe, Haine?
-Não me obrigue a tomar decisões severas, Haine.
Saiba que o teu nome no francês faz mais praste, alvorada voa em tuas veias, agora saiba que o silêncio a matou naquele dia, será que hoje, terei de guardar a carta de óbito?:
-Bem, nada a tratar. Logo, terei de sair mais cedo. Haine, avise ao pessoal que graças a tua bondade, eles terão o dia de folga, mas com uma condição...
Notícias quentes!
Opa, segurei-lhe o leitor, vasta passa meu caro, pois sou devasso. Lembre-te que de meus dotes como autora e como sublime redatora, tanto viril e tanto- pasmem!- fraca. Deixemos a indústria de lado, pois quero os tragar um pouco da educação. Queira mal, pouco se paga a verídica sapiência da humanidade, queira lhe nas rachadas ou nas picanhas corruptas. - tá de fucinho impinado, caia-te fora peste! - Cadê as pessoas cujo intelecto mudaram ante história os detalhes? Pago-lhe um piparote ou uma pitada de letras, ao castrado do homem de pernas atadas que graças a sua inibição por poder, sugou daquilo mais valioso a cotar, a sabedoria.
Aos que buscam respostas, sei lá, não sou lá jurista para acusar alguém. Mas ao monastério de cabeças ocas em que vivo, aponto o que se deve ser resolvido. Acoem de seus corações o patriotismo, lembrem-se que os tontos ocos também são gente, e traguem-nos ao povo que as pérolas de nosso solo, que são verde pátria, sol amarelo e azul humanidade ao acervo da nossa patria amada Brasil. 
Tinto meus respingos de lágrimas aos jovens idosos, que pouco geram pra sociedade entes e agora, extinção aos restos finados que nasceram. Fino assim a sopa de Mafalda para que assim finalizarmos no jantar de Haine, pois ao olhar seu prato verde e sem graça, refletiu lá nas terras sul-americanas o resto de seu enterro por justiça...
Adeus
-Bem, nada a tratar. Logo, terei de sair mais cedo. Haine, avise ao pessoal que graças a tua bondade, eles terão o dia de folga, mas com uma condição. Você está demitida.
-O quê?! Mas eu...
-"Nananina... Não", trato é trato. Ou você pode continuar aqui e finalizar o seu trabalho e ter um ótimo final de semana daqui dois dias, com seu salário a salvo. Ou só sair, basta ir para aquela porta caso queira ir.
Faça logo como no francês que se fez do teu nome e diga com toda a força o que este lhe fez de cúmplice! Agora! Já, Haine!
-Isto é abuso de poder! -isto!- O senhor sabe que dediquei muitos anos de minha vida para estar aqui neste lugar e não simplesmente para pagar as minhas contas, seu miserá...
Deu lhe a cara tapa, um tabefe bem em seu rosto Haine. Não se cale, siga em frente.
-Ei, ei, ei. Cuidado ou será o seu fim.- levantou-lhe da mesa-  quando me tornei chefe desta companhia, estava próximo de me aposentar. -que pena, quer um lenço?- Poxa, pensei, dediquei todos os anos da minha vida pela indústria, aos meus conhecidos, colegas, família e esposa. Tudo graças ao meu trabalho e desempenho, isto antes deu ser demitido e ser traído pelo sistema, que iria custear tudo que sonhei ou buscava, era da pirâmide dos engravatados, dos malditos de gravata! - respirou fundo, assim pegou sua casaca e foi abotoando sua ilusão - Que pena, bem que poderia ter aproveitado mais. Bem, Deus abençoa quem espermeia, certo?  
-Eu acho que sim.
Faça! Faça!:
-Sou manso, um dia destes li numa revista, o seguinte versículo: "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus; bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra e serão muitíssimamente abensoado em fortuna;" veja isto é riqueza.
-Mas isto não é assim o versículo. 
-Que pena. Ainda bem que me tornei ateu.
-Senhor, não lhe perdôo pelo o que me fez e irei buscar justiça por isto.
-Que bom, está exercendo os seus direitos como cidadã. Que pena que pouco me importo. Mas sabe o que me importo? - ao termina de abotoar a casaca se virou a porta para sair - Com a formatura da minha filha, e seu filho também estará lá, não é?
Ela nem responde:
-Faz o segunte, está liberada. Mas da próxima vez que for perdir a merda de uma folga, mete este teu ego de justiça para longe e me peça pessoalmente, está entendido?
-Sim.
-Que bom. Pesso perdão pelo que fiz,-caluni-te-ou- boa noite.
-Boa noite,chefe.
Haine, agradeço, mas tu não me faz falta, terei de armazenar minha frustração e deixar dela mesmo que em obra, falhando. Tenho que descartar a hipótese de uma Haine que deixou do medo e se tornou voz. Sei que é difícil, enfrento ainda meus medos, mas não sei como ser forte como tu. Fiz sátiras e sátiras, mas pouco fiz minha parte, em buscar soluções. Contradigo, mas afirmo. Quero ser alguém de soluções, contudo sou falha nisto, oh, Haine, que me mais faz falta é mais longe do que perto, por esta vez, te descarto e finalizo-te em teu alge. Que frustração.
A doce manar que desce aos céus, aos românticos e realistas, não tem o por quê um final feliz, até outro dia... Caro leitor.

"HAINE
haine
nf
1 ódio, cólera, rancor.
2 antipatia, aversão, repulsa.
3 ressentimento.
4 hostilidade.
5 horror.
pl
6 haines antagonismo, querela, rivalidade: éprouver de la haine pour, contre quelqu’un / ter, sentir ódio por alguém."

Dicionário de francês MICHAELIS

Laesa, escritora do texto, fez desta carta sua despedida aos seus leitores em 2020 e faleceu no dia 1/02/2022, entre as 16 horas por um ataque epilético numa tarde, numa viagem ao sul do Brasil, dentro do avião, enquanto dormia. Laesa não publicava suas obras de formas convencionais, assim como a obra Úrsula, escondia seu nome e mandava de diferentes formas em diferentes locais, tanto que este texto só pode ser encontrado num artigo que punhou o link em suas referências bibliográficas que levava direto para um site. Dedico este espaço a esta grande escritora. Um fato interessante é que um de seus nomes mais usados, após de "Peeping tom" (que fora homenageada em uma musica), seria "Haine".

Escrita por: Laesa "Haine" Bárbara Piper (1954-2022)

"Em palavras, trago o meu maior desfecho, a vida"


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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

"Wavepop Hill" | Josperd

Obra: "Wavepop Hill" | Josperd
31/10/2022
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1 ano. Sim, 1 ano. A obra mais longa que fiz até agora me tomou 1 ano, mas a guardei para o dia de hoje. Estou procrastinando? Não. Estou sem muito tempo para realizar ilustrações? Sim, de certa forma. Mas qual a necessidade do sumiço? São vários, contudo não envolvem tanto coisas pessoais e sim por escolha, vejo de tomar novos rumos para realizar minhas ideias. Não necessariamente me leva a parar de postar, contudo me forçou a evoluir como criador. Mas disto tão pouco importa.
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Sobre a obra:
Das mesmas obras como luzes laranjas e o novo reflexo, busco inovar num cenário e nas personagens numa história, de forma subtendido pelo quem está vendo a obra. Numa cidade, ambientada na nostalgia de quem vos fala e pela comemoração de 10 anos de Josperd. Trago um local chuvoso cheio de referências pop colocadas a dedo e assim os trago uma obra que foi toda pintada sem nenhuma imagem inserida ou coisas do tipo, veridicamente realista. Enfim, bom proveito a todos!

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